Fazer o que gosto ---- é garantir o que sinto!

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Imprensa Marrom

Já ouvi várias vezes a expressão Imprensa Marrom, mas até então, nunca tinha vivido a experiência de presenciar essa prática. Já vivi o chamado sensacionalismo, como já comentei nesse blog: http://saracapelo.blogspot.com/2008/04/nada-mais-que-verdade.html.
O que é aprendido na Faculdade de Jornalismo, em muitos casos, é só teoria e na prática é completamente diferente. Existem muitas práticas do jornalismo que não precisam de faculdade para saber, por isso existe tanta polêmica na obrigatoriedade do diploma.
O que está acontecendo com um jornal da cidade de Pouso Alegre é um absurdo para quem não tem diploma e uma vergonha para quem passou no mínimo 4 anos sentado na cadeira de uma faculdade.

Se não me engano, logo no primeiro ano do curso, aprendemos a fazer uma matéria jornalística, e para uma aula especifica sempre os professores ou recomendam ou colocam o filme que conta a história do caso Watergate Todos os Homens do Presidente para seus alunos. O filme mostra como fazer uma matéria com uma denúncia grave. Dois jornalistas recebem a denúncia de uma fonte secreta, que se identifica por Garganta Profunda, e eles vão atrás do fato, procuram documentos, provas, sempre seguindo a fonte secreta. E no fim possuem uma das maiores reportagens jornalísticas da história que derrubam um presidente dos EUA.
Não vou entrar em detalhes do caso, não é esse o objetivo, mas o mínimo que tem que ter em uma matéria jornalística são PROVAS e isso não acontece com as últimas notícias desse jornal. Um jornalista tem todo o direito de preservar o nome de sua fonte, desde que, tenha provas da denúncia que está fazendo.

Agora, fazer uma série de matérias mentirosas só porque tem um desafeto com certa pessoa e quer prejudicá-la é falta de profissionalismo e vergonhoso, pois até os leitores do jornal já perceberam que está ocorrendo uma perseguição maldosa.

O que leva uma pessoa a fazer uma denúncia em um jornal e não fazer a mesma no Ministério Público? Que é o órgão que realmente competente para tomar as devidas medidas judiciais. E não precisa de identificação, apenas PROVAS. O que mais me chamou atenção foi em uma dessas matérias o jornal pede para que as pessoas que sabem sobre compra de votos verdadeira vão até o MP para fazer denúncias. Então o próprio jornal afirma que as denúncias que fez outrora são mentirosas.

Não sei até onde vai chegar essa palhaçada que embrulha o estômago de quem está de fora e macula o nome dos envolvidos. Uma covardia que merece entrar nas esferas judiciais e criminais.
Agora eu sei o que é a imprensa marrom.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Estádio foi criado para shows?

O Estádio Municipal Irmão Gino Maria Rossi, conhecido como Manduzão, inaugurado em 1996, no governo de João Batista Rosa, tinha o objetivo de que Pouso Alegre tivesse um estádio próprio para os times treinarem e para abrigar grandes jogos. Será que esse era o objetivo? Tenho minhas dúvidas, já que na inauguração, ao invés de ter um clássico do futebol, o que aconteceu foi um mega show da Daniela Mercury...

Desde então foram poucos os grandes jogos do futebol que o Manduzão abrigou, na verdade, não houve até hoje, nenhum grande jogo, mas já rolaram muitos grandes shows. Todo ano pelo menos 5 shows destroem os gramados, vestiários, banheiros e até mesmo a arquibancada do nosso estádio.Você deve estar pensando que é normal em qualquer estádio do mundo a concessão do espaço para organização de shows, mas em qualquer outro lugar o preço que se paga para essa concessão supera o valor do reparo, sendo obrigatório que use placas de madeira para a proteção do gramado. O que não é exigido em Pouso Alegre.

No próximo dia 14 o estádio vai abrigar mais um show, do César Menotti e Fabiano, e segundo informações, a Prefeitura recebe como aluguel do estádio a quantia de R$ 8 mil e o custo para o reparo do gramado e a irrigação é de no mínimo R$ 40 mil.Por outro lado, tem uma galera que fará a diferença: nos dias 21 e 22 será realizado em PA a Micareta do Galo, uma grande festa de 12 horas de duração, com 3 bandas, Djs e uma mega estrutura para abrigar mais de 10 mil jovens, tudo isso, fora do estádio, em um terreno também alugado, por um valor bem menor que o do estádio (R$ 1.500,00) e sem usar a infra-estrutura pública...

Esse exemplo poderia ser seguido por todos que queiram trazer alguma atração para a cidade, deixando livre de shows o Estádio Municipal para que ele possa ter uma estrutura descente para que os times possam treinar e para que possa ter um dia a chance de abrigar grandes jogos.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Dia do Saci e seus amigos


Em maio foi aprovado na Câmara Municipal de Pouso Alegre o Dia do Saci e seus amigos para ser comemorado hoje, 31 de outubro. Na época o Jornal A Tribuna fez várias criticas a esse projeto, não pelo fato de ser contra a cultura nacional, o que não teria o menor sentido, mas sim pelo desproposito da hora que um projeto deste entrou em votação enquanto a cidade passava por momentos de crise política.

Mesmo assim o projeto foi aprovado, por 7 votos, muitas criticas foram feitas, pela população, pelo Jornal A Tribuna, por meio da comunidade Pouso Alegre no Orkut... mas o tempo passou e não se tocou mais nesse assunto. Hoje o primeiro Dia do Saci e seus amigos é comemorado na cidade. Peraí, comemorado? Onde? Aaa lembrei, pode ser que no sítio do Pica-Pau Amarelo deve estar tento alguma festinha para o arteiro Saci, mas em Pouso Alegre não houve nenhuma referência a ele.

O máximo que se vê hoje é a celebração do halloween, também comemorado no dia 31 de outubro, nas escolas particulares e de inglês. Quem lembra hoje do Dia do Saci, só o faz para tirar sarro deste episódio que aconteceu em Pouso Alegre e que em vez de virar um dia para se lembrar a cultura nacional virou uma data de motivo de piadas.

Mundo Cor-de-Rosa

Eu sempre pensei que as grávidas viviam em um mundo cor-de-rosa, que a espera desse milagre fosse em todos os sentidos maravilhoso e perfeito. Eu imaginava que gerar uma criança, o que sempre foi o meu sonho, seria como nós vemos em filmes, novelas e na vida dos outros. Sempre felizes, as mulheres mais bonitas, sempre dispostas, cheias de planos e amor para doar para seus filhos.

Mas desde que descobri que estou grávida o mundo cor-de-rosa parece mais marrom, no início sentia enjôos todos os dias, toda hora, parecia que essa fase não iria passar, isso até os 4 meses, diziam que com 3 já não era mais para sentir, mas tudo bem, agüentei tudo, firme e forte.
Com 17 semanas esses enjôos sumiram e de repente me surge uma dor nas costas violenta e uma dor na costela abaixo do seio direito que não consigo ficar sentada por mais de meia hora que a dor aparece violentamente e andar de ônibus ou até mesmo de carro então? É o terror com essa dor.

Fora o xixi que não sossega dentro de mim... no mínimo umas três vezes por noite e durante o dia então? Aff... Essa semana descobri dois presentes que o Samuel me mandou... duas caries... e tive que obturar sem anestesia, que dor!!! E isso se deve ao fato do bebê “puxar” todo meu cálcio, não é só culpa dele, eu sei que deveria tomar mais leite e derivados, mas...

É o mundo cor-de-rosa na gravidez fica apenas para os filmes e novelas mesmo, isso porque graças a Deus minha gravidez é considerada tranqüila, sem nenhuma restrição ou probleminha.
O mundo fica cor-de-rosa em esporádicos momentos em que o Samuel se mexe dentro de mim, nos raros momentos em que consigo escutar o coraçãozinho através do aparelhinho da médica ou até mesmo quando eu vejo o seu perfil pelo ultrassom. Nenhuma dor, nenhum desconforto é maior do que alegria que sinto nesses momentos.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Feira da SOS Bichos





No próximo final de semana, a SOS Bichos vai realizar mais uma feirinha de adoção. A associação está na tentativa de encaminhar cerca de 6 gatinhos e 12 filhotes de cães, além de um labrador de raça pura e mais alguns vira-latas simpáticos.
Informações com Carla Santiago nos telefones: 3423-3393 ou 9968-0454.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

A segunda corrida pelas cadeiras

Na edição 154 do Jornal A Tribuna, produzi uma matéria sobre a corrida pelas cadeiras da mesa diretora da Câmara Municipal de Pouso Alegre. Eu recebi essa dica de pauta de uma pessoa que está envolvida e corri atrás. Entrevistei todos os vereadores eleitos e percebi que está acontecendo uma grande rivalidade entre eles, não digo entre os vereadores em si, mas entre os partidos.

Se são 4 lugares na mesa e 6 partidos, algum vai ficar de fora, mas é preciso entender que existem os outros cargos, como líder do prefeito, líder do partido (no caso o líder do PT terá maior visibilidade) e presidentes de comissões, e existem as comissões mais “queridas” dos vereadores, e a preferência é as que dão maior prestigio, como a de Justiça e Redação, que trata de todos os assuntos. Nenhum projeto de lei ou resolução pode tramitar na Câmara sem o parecer dessa Comissão.

A comissão de Administração Financeira e Orçamentária opina sobre todos os assuntos desta natureza e sem o parecer dessa comissão não é possível mover uma palha (relacionado a dim dim) dentro da prefeitura ou da câmara.Agora a comissão de Ordem Social é onde os vereadores opinam sobre assuntos educacionais, artísticos, culturais, desportivos, os relacionados com a saúde, assistência e previdências sociais. E deveria ser dada maior importância para essa comissão, já que ela trata de assuntos diretamente ligados ao povo, como saúde, educação e cultura.

E por último, tem a comissão de Administração Pública, que trata principalmente de normas gerais de licitação, compra de produtos, contratação de obras e serviços da administração direta e indireta; turismo e defesa do consumidor, transportes públicos, dentre outros.

A menina dos olhos dos vereadores que não participam da mesa diretora é a presidência da comissão de Justiça e Redação. Hoje eu acredito que ainda não começaram as conversações para a composição das comissões, mas sem sombra de dúvidas, depois da mesa diretora, essas comissões vão dar o que falar.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Na Boca do Povo

Terminei de ler o livro do NP já faz algum tempo, mas não tive como vir aqui no Blog e fazer mais alguns comentários. Mas hoje aconteceu um fato interessante e eu fiquei instigada a escrever mais por aqui. Tem uma aluna de jornalismo que está fazendo a análise dos jornais de Pouso Alegre para seu trabalho de conclusão de curso, ela esteve hoje na redação para fazer uma entrevista comigo, eu como não estou acostumada a estar do lado de lá, me perdi um pouco, mas é bom para ver como se sentem nossos entrevistados... rs...

O assunto que ela se propôs a falar é muito interessante, muita gente fala demais sobre os jornais da cidade, mas ninguém teve a coragem de analisar um por um e ver o que realmente é proposto por esses jornais e o que eles levam para os leitores e principalmente, como ele é visto por esse leitor, se existe uma coerência na passagem dessas três etapas. Ela está fazendo isso e o principal, está ouvindo todos os tipos de leitores, jornaleiros, editores dos jornais da cidade, etc..

Segundo o que ela pode me relatar o Jornal A Tribuna é o único que passa impecavelmente por esses três pontos, tem seus defeitos sim, ela me relatou alguns como erros de português e às vezes o uso abusivo de imagens chocantes. Ela disse que um leitor disse comprar o jornal apenas para ver acidentes e tem também quem apenas lê as páginas de política. E que é jornal A Tribuna que está na “Boca do Povo”, quando ela pergunta – “Qual jornal você lê” a resposta sempre é Tribuna, seguido pelo Jornal do Estado e depois os outros jornais.

Um fato interessante é que as pessoas não lembram o nome do Jornal Diário, mesmo que elas leiam o jornal, é difícil lembrar o nome, eles dizem “Diário do Sapucaí”, “Folha do Sapucaí” etc, e quando ela dá uma ajudinha, eles lembram que é Jornal Diário. Eu acho que isso se deve ao fato da constante mudança que o jornal tem em sua diagramação, ele não tem o compromisso de manter uma linha padrão. Lembro que há uns 2 anos a Folha de S. Paulo fez uma mudança gráfica e fez isso aos poucos, e quando terminou lançou um caderno especial mostrando item por item o que foi mudado.

Essa preocupação é muito visível no Tribuna que nunca mudou sua logomarca e mantém suas vinhetas, colunas e o principal, o Compromisso com a Verdade. O trabalho dela vai ser apresentado no dia 5 de dezembro, eu espero estar lá e continuar tendo orgulho de um dia ter trabalhado no, agora sim confirmado, melhor jornal de Pouso Alegre da atualidade.

sábado, 5 de abril de 2008

Algumas manchetes do NP



Pelo menos uma coisa o novo salário mínimo está comprando: briga
O governo tirou do dele e pôs no nosso
Meteram a mão na poupança do trabalhador
Aumento de merda na poupança
Traiu o marido e culpou o tal do Chupa-cabra
Vagina assada era o prato principal do rodizio do sexo
Chulé de moça estimula o sexo
Aluno mata colega com a esferográfica
Gerente espiava garota no provador
Deu a bunda para salvar a vida
Galã do busão morre degolado
Morto pela sandália assassina
Vendeu filhinha com desconto na padoca
Vovô toma Viagra e morre no motel
Padre reza a missa pelado (fiéis dizem que assim ficamos mais perto de Deus)
Baianinha morre menstruada pelo buraquinho do ouvido
Perdeu o Bimbo transando com o aspirador de pó.
Garoto expulso da sala por causa do chulé - logo depois, naquela chamada logo após a manchete (conhecida como sutiã), "Mãe revoltada diz que a coisa vai feder pro lado da professora"
Nostradamus previu: Hoje a casa caí - quando, em agosto de 99, todos diziam que o mundo ia acabar.
Fim do mundo adiado pra setembro - no dia seguinte.
Silvio Santos tomou no Baú - sobre o fato do STF ter impugnado sua candidatura à Presidência da República em 89.
É o Penta que partiu - quando o Brasil perdeu a Copa da França.
Monstro estupra velhinha de 69 anos - sobre homem que estuprou a sogra.
Queria pipa, levou nabo - sobre um garotinho pobre que não tinha grana para comprar uma pipa e foi convidado por um pedófilo para ir até sua casa, onde ganharia uma.
Morreu ao som do Metal Pesado - um operário havia levado uma picaretada na orelha.
Broxa torra o pênis na tomada - o distinto senhor, com impotência, achou que um pouco de energia elétrica resolveria o problema...
Kombi era motel na escolinha do sexo - no caso da Escola Base...
A mulher tinha comido um cachorro-quente estragado.
Só faltou o passarinho - o sujeito havia estuprado mãe e filha, só deixando a ave a salvo.
Milene embucha na primeira bimbada - sobre o fato da Milene (Domingues, ex-Ronaldinho) ter dito uma semana antes de engravidar que era virgem...
Morre Roberto Carlos - com uma foto gigante do cantor R0berto Carlos.
Depois a explicação: Roberto Carlos da Silva, pedreiro, morreu assassinado...
Pelé é baleado em frente do prédio - na matéria: "O porteiro Fulano, conhecido como Pelé, foi baleado ao sair do expediente...
"Ney Latorraca tá vomitando sangue - o ator havia passado mal durante peça.
De quem é o pênis voador? - com uma foto de um pênis amarrado em um poste.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Nada mais que a verdade
A extraordinária história do Jornal Notícias Populares



Comecei a ler no início da semana o livro de Celso de Campos Jr, Dênis Moreira, Giancario Lepiani e Maik Rene Lima e, logo nas primeiras páginas, me depararei com a realidade em que vivo ultimamente na redação do Jornal.
No prefácio, por Marcelo Coelho, diz: “Mas como desprezar o NP? Impossível não gostar dele: é o id, tumultuário e desregrado, de todo jornalista que se acha responsável e prudente”, muitos jornalistas, eu mesma antes de entrar no jornal, não concordam com a maneira popular e às vezes sensacionalista do Jornal A Tribuna. Mas a partir do momento que se passa a viver a realidade do jornal é apaixonante.
A relação que se tem com o povo dentro da redação é gratificante e essencial, se não fossem as denúncias anônimas, que chegam dezenas todos os dias através de cartas e telefonemas, e os pássaros verdes que são fontes fidelíssimas não teria o jornal. “Para qualquer jornal, a busca de uma identidade com os leitores é indispensável. Em momentos de crise, o elo com o público é o único fator que possibilita a sobrevivência de uma publicação, por mais derrapante que seja a conjuntura econômica, política ou social. Quando se trata de um jornal popular, então essa cumplicidade torna-se absolutamente imprescindível. A relação com o leitor das camadas mais baixas, mais do que em qualquer outro segmento de mercado, tem ser da mais absoluta fidelidade e transparência. O leitor dependente do jornal, e nele deposita cegamente sua confiança; enganá-lo é assinar o próprio óbito. É sob esse lema que o jornalismo popular deve se orientar” (pág. 19).
Por hoje é só, agora vou ler mais um pouquinho, mais tarde eu volto com mais alguns trechos desse livro que é muito interessante, a maneira que os autores contam a história é muito legal até parece um romance. E o livro tem como ponto de partida o Projeto Experimental dos autores que na época eram estudantes de jornalismo da Cásper Libero o que é fantástico.